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"Risada de Bolsonaro não Ă© de alĂ­vio, mas de temor", diz Omar Aziz

Presidente da CPI da Covid comentou as declarações do senador FlĂĄvio Bolsonaro (Patriota-RJ), nesta quarta-feira (20/10). Segundo o filho do chefe do Executivo, relatório final da comissão seria motivo de "gargalhada"

Por Jorge Vasconcellos em 20/10/2021 às 17:48:32
(crédito: Edilson Rodrigues/Agência Senado)

(crédito: Edilson Rodrigues/Agência Senado)

O presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da covid-19, senador Omar Aziz (PSD-AM), disse nesta quarta-feira (20/10) que o presidente da República, Jair Bolsonaro, "deu gargalhadas não por alívio, mas por temor" das possíveis repercussões do relatório final da comissão, lido hoje. Ele comentou as declarações feitas horas antes pelo senador FlĂĄvio Bolsonaro (Patriota-RJ) de que o documento seria motivo de muitas risadas do chefe do governo.

"Presidente, o país precisa de afeto, e as imputações que estão sendo feitas contra a sua administração e contra a sua pessoa são imputações muito sérias. Rir neste momento não creio que seja uma risada de alívio; pelo contrĂĄrio, a sua risada é de temor, porque a justiça vem. Vem pelos homens, e vem pela justiça divina", declarou o Aziz.

O parecer do relator da CPI, senador Renan Calheiros (MDB-AL), indicia Bolsonaro por nove delitos, entre os quais crime contra a humanidade e epidemia com resultado morte.

FlĂĄvio Bolsonaro, ao ser questionado por jornalistas sobre como seu pai reagiria ao relatório CPI, respondeu que o mandatĂĄrio daria "aquela gargalhada dele". O senador chegou a simular a risada característica do presidente da República.

Omar Aziz disse ainda que a CPI farĂĄ de tudo para que o relatório final não seja engavetado por nenhuma autoridade. "Presidente, a gente tem respeito pelo cargo de Vossa ExcelĂȘncia. Vossa ExcelĂȘncia é a maior autoridade deste país. Vossa ExcelĂȘncia, tenha certeza que nós não vamos nos permitir que nenhum cidadão, seja a autoridade que for, ache que pode engavetar esse relatório", disse o senador do Amazonas.

"Esse relatório, a partir de agora, serĂĄ debatido no Brasil, nas universidades; vai servir de tese para muitos mestrados. A partir de agora, ele passa a ser o relatório, não da CPI, mas o relatório das vítimas covid, dos mais de 600 mil brasileiros mortos, dos sequelados", acrescentou.

Fonte: Correio Braziliense

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