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Nikolas e bolsonaristas sofrem primeira derrota na Comissão de Educação

Por 20 a 13, governistas derrubaram proposta de moção de repĂșdio contra um professor do interior de Santa Catarina, que teria feito crĂ­ticas a Jair Bolsonaro

Por Evandro Éboli em 27/03/2024 às 19:44:06
Comissão tem ganhado holofotes e também críticas, desde que o PL indicou Nikolas para seu comando - (crédito: Bruno Spada/Câmara dos Deputados)

Comissão tem ganhado holofotes e também críticas, desde que o PL indicou Nikolas para seu comando - (crédito: Bruno Spada/Câmara dos Deputados)

O presidente da Comissão de Educação, Nikolas Ferreira (PL-MG), e outros aliados bolsonaristas sofreram a primeira derrota nesse colegiado numa votação nesta quarta-feira (27/3). A base do governo derrotou uma proposta demoção de repĂșdio contra um professor de educação bĂĄsica da cidade de São BonifĂĄcio, em Santa Catarina, que teria feito ataques a Jair Bolsonaro numa sala de aula. O autor dessa moção foi o deputado Gustavo Gayer (PL-GO).

Por 20 votos contra e 13 favorĂĄveis, os governistas determinaram a primeira derrota aos aliados na comissão, que tem ganhado holofotes e também crĂ­ticas, desde que o PL indicou Nikolas para seu comando.

A moção era contra o professor Jadir Ribeiro Anchieta, que dĂĄ aula na Escola Estadual de Educação BĂĄsica São TarcĂ­sio daquela cidade catarinense. Ele teria demonstrado "viés ideológico não condizente com a neutralidade exigida pela profissão", diz a moção. Anchieta teria se referido a Bolsonaro como "nazista e ladrão".

"É inadmissĂ­vel que um educador, cuja função primordial é fornecer uma educação imparcial e crĂ­tica, utilize sua posição para propagar opiniões polĂ­ticas partidĂĄrias de forma unilateral e desrespeitosa", justificou Gayer.

Os governistas reagiram. TarcĂ­sio Motta (PSol-RJ) disse que a extrema-direita faz da comissão um palanque eleitoral e busca dividendos polĂ­ticos.

"HĂĄ pessoas que gostam de pegar detalhes, elementos a vigiar na vida de cada profissional de educação e tentam criar um pânico moral. Ninguém é professor porque sonha em ser milionĂĄrio, mas é para ajudar a construir um mundo melhor", disse Motta.

Duda Salabert (PDT-MG) disse ser um absurdo a Comissão de Educação gastar dinheiro pĂșblico e usar suas estruturas para "perseguir professores de História do Brasil".

A deputada Bia Kicis (PL-DF) defendeu a moção de repĂșdio e acusou o governo do PT de promover a ideologia de gĂȘnero nas escolas "e ensinar que menino não é menino e que menina não é menina".

Fonte: Correio Braziliense

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