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Covid-19: governo aciona Supremo contra decretos da BA, DF e RS

Normas estaduais restringem a circulação de pessoas

Por Felipe Pontes - Repórter da Agência Brasil - Brasília, Edição: Fernando Fraga em 19/03/2021 às 14:59:02
- Foto: Reprodução Facebook/Jair Bolsonaro

- Foto: Reprodução Facebook/Jair Bolsonaro

O presidente Jair Bolsonaro acionou o Supremo Tribunal Federal (STF) para derrubar decretos da Bahia, do Distrito Federal e do Rio Grande do Sul que restringem a circulação de pessoas. As normas foram editadas pelos governos locais com a justificativa de conter o aumento das contaminações e mortes por covid-19.

A abertura da ação direta de inconstitucionalidade (ADI) contra os decretos foi anunciada ontem (18) por Bolsonaro em sua live semanal, mas ele não havia especificado de quais estados eram as normas questionadas.

A petição inicial da ADI, agora disponível no site do STF, pede que um decreto do DF, um da BA e dois do RS sejam declarados "desproporcionais" e derrubados por liminar (decisão provisória), "a fim de assegurar os valores sociais da livre iniciativa e a liberdade de locomoção".

A peça é assinada somente pelo próprio Bolsonaro e foi protocolada às 23h03 de ontem (18) diretamente pela PresidĂȘncia da República. Até o momento a ação ainda não foi distribuída a um relator.

Na ação, o presidente argumenta que a restrição à circulação só é possível se quem for alvo da medida estiver de fato doente ou com suspeita de doença, não sendo possível "vedações genéricas à locomoção de pessoas presumidamente saudĂĄveis".

O texto também argumenta que o fechamento de atividades não essenciais na pandemia não pode ser feito por decreto, mas somente por lei formal aprovada no Legislativo.

Bolsonaro pede que o Supremo declare "que mesmo em casos de necessidade sanitĂĄria comprovada, medidas de fechamento de serviços não essenciais exigem respaldo legal e devem preservar o mínimo de autonomia econômica das pessoas, possibilitando a subsistĂȘncia pessoal e familiar".

Os decretos estaduais e o distrital foram editados com a justificativa de conter a disseminação da covid-19, num momento de alta expressiva nos números da pandemia. De acordo com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), a média móvel de mortes atual é de 2.087 por dia, o dobro do observado hĂĄ um mĂȘs (1.036 óbitos).

Fonte: AgĂȘncia Brasil

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