O presidente do PP, senador Ciro Nogueira (PI), disse nesta quinta-feira (6/3) que cresceu a pressão de políticos dentro do partido para que a sigla desembarque do governo de Luiz Inácio Lula da Silva. Nogueira, que foi ministro da Casa Civil de Jair Bolsonaro, manteve uma postura de oposição mesmo quando o PP assumiu o ministério do Esporte, comandado por André Fufuca (PP-MA).
“Tem aumentado muito a pressão dentro do nosso partido, não digo nem desembarcar do governo, porque nós nunca entramos. O PP como partido político nunca tomou a decisão de apoiar esse governo, de indicar alguém nesse governo. Tem um ministro do partido, uma figura muito querida por todos nós, que tomou a decisão de aceitar um convite pessoal do presidente”, disse Nogueira em entrevista à GloboNews, referindo-se a Fufuca.
Caso o presidente da sigla decida que é hora de deixar o governo, Fufuca deve deixar o cargo, que antes era ocupado por Ana Moser. Ciro Nogueira disse que esse assunto será resolvido depois do carnaval (no calendário dos deputados e senadores, isso significa depois da semana do carnaval).
“Não vou negar que ultimamente, por mais que deixássemos isso de lado, tenha criado um certo constrangimento dentro do partido essa situação. Existe uma pressão da bancada para que eu reúna o partido e tome essa decisão. Mas após o carnaval, eu vou conversar com algumas lideranças, ouvir os líderes da Câmara, do Senado, o presidente Arthur Lira (PP-AL), que é uma figura muito querida e respeitada do partido”, pontuou.
Fufuca está há um ano e meio no cargo. Assumiu em 2023, quando o governo se viu obrigado a dar mais espaço ao Centrão na Esplanada. Para isso, Lula demitiu a ex-jogadora de vôlei Ana Moser, a segunda mulher ministra que deu lugar a um homem na gestão do petista.
As outras foram Daniela do Waguinho (Turismo), que caiu depois de virem à tona suas ligações com milicianos e deu lugar a Celso Sabino (União Brasil-PA); e Nísia Trindade (Saúde), que após uma fritura pública que durou semanas, foi demitida para dar lugar a Alexandre Padilha, antes na Secretaria de Relações Institucionais.
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