Paciente tenta dar cadeirada em presidente de conselho de saúde durante audiência pública

Uma paciente jogou uma cadeira contra a presidente do Conselho Municipal de Saúde de Natal, Ana Maria do Nascimento Evangelista, durante uma audiência pública que aconteceu na manhã desta sexta-feira (8) na Câmara Municipal de Natal.

Ana Maria defendia que o município garantisse atendimento aos pacientes da rede de atendimento psicossocial de Natal, quando uma das pacientes que estavam no plenário se levantou, pegou uma cadeira e tentou jogar contra ela, em um aparente surto.

A paciente foi contida, atendida por um psiquiatra que estava no local para participar da audiência e a reunião seguiu normalmente, após o caso.

O encontro promovido pelo vereador Daniel Valença (PT) discutia, entre outros temas, o fechamento da antiga sede do Centro de Atenção Psicossocial (Caps) da Zona Leste de Natal e a demora para a entrega da nova unidade.

"Em resumo, transmissão ao vivo do que acontece em virtude do sucateamento da rede de atenção psicossocial", disse o vereador logo após o incidente.

Prédio do Caps interditado

Em julho, o prédio onde funcionava o CAPs Leste, na Rua Mipibu, bairro Tirol, foi interditado por causa das más condições de infraestrutura. Cerca de dois mil atendimento eram realizados mensalmente no local.

Com o fechamento, pacientes precisam ser encaminhados para outras unidades para continuar com alguns dos atendimentos.

Um prédio está sendo reformado no bairro Santos Reis para receber a nova sede do Caps. A obra tem valor de mais de R$ 229 mil e, pela placa, deveria ter sido entregue em 18 de janeiro deste ano.

A Secretaria Municipal de Saúde de Natal disse, por meio de nota, que o Departamento de Engenharia acompanha semanalmente a evolução da obra e que, ainda na segunda quinzena de novembro, vai apresentar um novo prazo para a conclusão da obra. Em julho, o prazo dado pelo município tinha sido de 90 dias, concluídos em outubro.

A prefeitura ainda afirmou que os atendimentos do Caps Leste estão sendo realizados em um ambulatório de uma unidade básica no bairro Neópolis e levantamentos internos apontariam que as consultas, acolhimentos e outras atividades aconteceram em mesmo número de quando ocorriam na antiga sede.