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Pesquisa aponta eficácia da vacinação em profissionais de saúde no CE

Estudo é da Escola de Saúde Pública Paulo Marcelo Martins Rodrigues

Por Jonas Valente - Repórter Agência Brasil - Brasília, Edição: Lílian Beraldo em 07/04/2021 às 18:29:36
- Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

- Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

A vacinação no Ceará teve efeito direto na redução dos casos de covid-19 entre profissionais de saúde. A conclusão é de uma pesquisa realizada pela Escola de Saúde Pública Paulo Marcelo Martins Rodrigues, vinculada ao governo do estado.

A imunização dos trabalhadores na linha de frente do atendimento a pacientes com covid-19, diz o estudo, contribuiu para evitar uma nova onda de contaminações entre médicos, enfermeiros, fisioterapeutas e outros profissionais da saúde.

Enquanto no pico da pandemia, em 2020, na chamada 1ª onda, as contaminações dos trabalhadores de saúde tiveram intensidade maior do que na população em geral, neste ano, o movimento foi diferente.

De dezembro de 2020 a janeiro de 2021, a evolução das curvas era semelhante. A partir do início da vacinação, elas vão em sentido distinto. No início de março, os casos positivos de covid-19 bateram a marca de mais de 1,2 mil por dia na população em geral. Já entre trabalhadores da saúde, que começavam a ser imunizados, o número ficou na casa dos 300.

"O gráfico mostra uma mudança na curva bem interessante e é um dado ilustrativo dos primeiros benefícios da vacinação, já que essa população dos profissionais de saúde tem tido acesso à vacinação mais rapidamente", explica a infectologista Keny Colares.

A pesquisa consistiu em uma análise de dados do sistema de informações IntegraSUS.

De acordo com o governo do estado, foram aplicadas, até o momento, 494,2 mil doses de vacinas contra a covid-19 em profissionais da saúde. Deste total, 237,6 mil já receberam duas doses da Coronavac. Outros 260 mil ganharam a primeira dose do imunizante da Oxford/AstraZeneca.

O médico cirurgião Ramon Rawache, que atua no Ceará, foi um dos profissionais vacinados. Ele conta que o processo foi confuso, nas primeiras semanas, mas que depois houve um ajuste da dinâmica.

"Na primeira semana tivemos alguma desorganização, tivemos liberação para todos os profissionais, depois notou-se que nem todos estavam na linha de frente e depois andou na velocidade satisfatória. O problema é a limitação da quantidade de doses, o que ainda tem tornado o processo lento", avalia.

Fonte: Agência Brasil

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