O ministro Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral, determinou na noite desta segunda-feira (31) que a Polícia Rodoviária Federal e as polícias militares dos estados tomem ações imediatas para a desobstrução de vias ocupadas ilegalmente.
Moraes atendeu a um pedido da Confederação Nacional dos Transportes e do vice-procurador geral eleitoral. Caminhoneiros apoiadores de Jair Bolsonaro ocuparam trechos de rodovias em estados do país nesta segunda em protesto contra a derrota do atual presidente na eleição.
"Que sejam imediatamente tomadas, pela Polícia Rodoviária Federal e pelas respectivas polícias militares estaduais – no âmbito de suas atribuições – , todas as medidas necessárias e suficientes, a critério das autoridades responsáveis do poder executivo federal e dos poderes executivos estaduais, para a imediata desobstrução de todas as vias públicas que, ilicitamente, estejam com seu trânsito interrompido", escreveu o presidente do TSE.
O ministro também determinou que o diretor da PRF, Silvinei Vasques, pague multa de R$ 100 mil por hora e eventual afastamento do cargo em caso de descumprimento da ordem.
Desde domingo, os manifestantes instalaram barricadas com pessoas, pneus e caminhões para bloquear rodovias.
No primeiro dia depois da eleição, o presidente Jair Bolsonaro manteve-se em silêncio. Sem reconhecer a derrota nem fazer qualquer tipo de manifestação sobre a eleição, o presidente reuniu-se com ministros no Palácio do Planalto para avaliar os próximos passos. Enquanto isso, o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva manteve uma agenda leve, ainda voltada ao recebimento dos cumprimentos de chefes de Estado estrangeiros. O petista almoçou com o presidente argentino Alberto Fernandez, que esteve em São Paulo, e conversou por telefone com vários líderes